Quem sou eu

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São Paulo, Brazil
Uma pessoa simples que adora somar amigos. Num encontro comigo mesmo.... Comecei escrever um livro a um tempo atrás, logo que consegui sair de uma terrível depressão devido a um acidente (atropelamento), deste acidente... a única seqüela que ficou foi a certeza que estamos sempre começando e podemos ser interrompidos antes de terminar e que “devo realizar hoje tudo o que anseio pois pode não existir um amanhã..., SINOPSE (...) Neste livro dou permissão aos outros me conhecerem... julgarem, e serem espontâneos no que diz respeito ao conceito sobre mim, mesmo sabendo que não será uma tarefa fácil de realizar... Para isso saiba que.... Meus pontos fortes são, fidelidade de sentimentos, paciência e escuta... Meus defeitos são, tendência a ser rígida e inflexível(comigo mesma)..., e ser demasiadamente séria...(num primeiro momento...)... Este livro tem o Título "UMA ESTRADA E UMA CURVA". Sugerido por um amigo, quando estavámos num lugar especial. (...) Formação: Matemática, Física, Artes, Complementação Pedagógica, Especializada em DM.

sábado, 28 de agosto de 2010

Copiei de outro blog......por ser interessante !!!!!

Jesus eu quero ficar contigo, eu quero ser teu amigo.
Quero comer no teu prato, calçar os meus pés nos teus sapatos e arrastar
Jesus eu quero muito você, pegar tuas sandálias e esconder.
esconder pra você não sair, pois eu quero estar perto de ti e te abraçar.
Jesus eu quero deitar no teu colo , te contar tudo tudo o que sei.
Descansar recostado em teu peito, ouvindo o teu coração e me acalmar.
Jesus eu quero vestir sua camisa, com as mangas maiores que meus braços.
Correr pela casa ao teu encontro, e me abandonar no teu abraço e te abraçar.
(Igreja Batista de Contagem)   Blog Esdrúxulos da Amanda....

Perdidos na excursão

 

Marquito desabou na poltrona. Completamente moído. Exausto! Agarrou o telefone, ligou pro Tiagão. Dos dois lados do fio, só queixas e reclamações. E altos xingos.
Bocas raivosas, por nada ter dado certo. Só confusão durante a excursão inteira.
Marquito relembrou a saída orgulhosa. Um final de semana ecológico-aventureiro. Certeza de voltar triunfantes! Muito pra contar e pra exibir. Turma animada e a fim de descobrir o esconderijo-paraíso dos micos-leões-dourados. Tiagão ouvia rindo. Logo enfezou. Lembrou da primeira desviada. Um caminho lindo que deu numa cachoeira despencante. Puladas, procuras, nadadas, volta estropiada pra estrada arrebentada...Depois, só mancadas...A chuva desviante da trilha. A paralisada hesitante se era pra virar à direita ou à esquerda.Os em-frente-marche dando em barreiras fechadas, sem brecha pra passagem. As voltas, semivoltas, voltas inteiras.A parada pra comilança quase dentro duma fazenda murada e o dono surgindo com as armas em punho... Horror total!!
Marquito parou de sorrir. Partiu pros desabafos gritados. A armação das tendas no escuro e a descoberta rápida de o lindo lugar estar cercado de cobras...Berros desesperados! O dar de cara com uma margem do rio sem nenhuma ponte para cruzar...O medaço de se afogar atravessando a pé.
Tiagão espirrou. Gripou bravo. Desligou avisando que foi a primeira e última excursão ecológica. Pra ele, fim de papo.Marquito resmungou enfezado. Jurou jurado. Outra, só sabendo antes por onde ia pisar. Chegava de perder tempo, perder a paciência, perder o ânimo.
Blog.... Criando e Copiando Sempre

A seca e o inverno

Na seca inclemente no nosso Nordeste
O sol é mais quente e o céu, mais azul
E o povo se achando sem chão e sem veste
Viaja à procura das terras do Sul

Porém quando chove tudo é riso e festa
O campo e a floresta prometem fartura
Escutam-se as notas alegres e graves
Dos cantos das aves louvando a natura

Alegre esvoaça e gargalha o jacu
Apita a nambu e geme a juriti
E a brisa farfalha por entre os verdores
Beijando os primores do meu Cariri

De noite notamos as graças eternas
Nas lindas lanternas de mil vaga-lumes
Na copa da mata os ramos embalam
E as flores exalam suaves perfumes

Se o dia desponta vem nova alegria
A gente aprecia o mais lindo compasso
Além do balido das lindas ovelhas
Enxames de abelhas zumbindo no espaço

E o forte caboclo da sua palhoça
No rumo da roça de marcha apressada
Vai cheio de vida sorrindo e contente
Lançar a semente na terra molhada

Das mãos deste bravo caboclo roceiro
Fiel prazenteiro modesto e feliz
É que o ouro branco sai para o processo
Fazer o progresso do nosso país

Cordel de Patativa do Assaré
Postado por Criando e Copiando Sempre
Marcadores: Literatura de Cordel

O dicionário de formas

Era uma vez eu, Zé Sorveteiro, que me apaixonei por uma princesa que acabara de chegar do outro lado da Terra. Bolei para ela um dicionário de quatro palavras: bola, quadrado, retângulo, triângulo. Japonês se escreve com desenhos. Com desenhos a princesa aprenderia português!
Não demorou, ela estava arrasando. Ia até meu carrinho e pedia, desenhando no ar:
– Triângulo-bola.
Sorvete na casquinha! O dicionário funcionava às maravilhas.
Eu? Mandava bilhetes. Desenhava um quadrado com um triângulo em cima e escrevia: casa!!! Caprichava nos pontos de exclamação. Casa!!! Casa!!! Fácil de entender: casa comigo.
Mas toda princesa tem uma fera para encontrar bilhetes. Uma hora a fera mandou me chamar. Aí…
Aí eu transformei ponto de exclamação em sinal de aguaceiro:
– Um traço com um pingo é chuva. Três – !!! – muita chuva. Casa, chuva, chuva, chuva. Estou só avisando… Cuidado com goteiras.
Acabei subindo e limpando as calhas do telhado do futuro sogro e as de cada um de seus amigos e parentes.
Hoje, 60 anos depois, repito, valeu a pena. E lá vou eu apanhar uns triângulos vermelhos para a minha rainha arrumar no triângulo do retângulo do quadrado da frente. Perfeito. Daqui a pouco a jarra da mesa da sala estará toda perfumada com os… Como é mesmo? Vá lá! Com os triângulos vermelhos.
Postado por Criando e Copiando Sempre

Um encontro fantástico
Todos os anos eles se reuniam na floresta, à beira de um rio, para ver a quantas andava a sua fama. Eram criaturas fantásticas e cada uma vinha de um canto do Brasil. O Saci-Pererê chegou primeiro. Moleque pretinho, de uma perna só, barrete vermelho na cabeça, veio manquitolando, sentou-se numa pedra e acendeu seu cachimbo. Logo apontou no céu a Serpente Emplumada e aterrissou aos seus pés. Do meio das folhagens, saltou o Lobisomem, a cara toda peluda, os dentes afiados, enormes. Não tardou, o tropel de um cavalo anunciou o Negrinho do Pastoreio montado em pêlo no seu baio.
– Só falta o Boto – disse o Saci, impaciente
– Se tivesse alguma moça aqui, ele já teria chegado para seduzi-la – comentou a Serpente Emplumada.
– Também acho – concordou o Lobisomem. – Só que eu já a teria apavorado
Ouviram nesse instante um rumor à margem do rio. Era o Boto saindo das águas na forma de um belo rapaz.
– Agora estamos todos – disse o Negrinho do Pastoreio
– E então? – perguntou o Boto, saudando o grupo. – Como estão as coisas
– Difíceis – respondeu o Saci e soltou uma baforada. – Não assustei muita gente nesta temporada
– Eu também não – emendou a Serpente Emplumada. – Parece que as pessoas lá no Nordeste não têm mais tanto medo de mim.
– Lá no Norte se dá o mesmo – disse o Boto. – Em alguns locais, ainda atraio as mulheres, mas em outros elas nem ligam
– Comigo acontece igual – disse o Negrinho do Pastoreio. – Vivo a achar coisas que as pessoas perdem no Sul. Mas não atendi muitos pedidos este ano.
– Seu caso é diferente – disse o Lobisomem. – Você não é assustador como eu, o Saci e a Serpente Emplumada. Você é um herói.
– Mas a dificuldade é a mesma – discordou o Negrinho do Pastoreio.
– Acho que é a concorrência – disse o Boto. – Andam aparecendo muitos heróis e vilões novos.
– Pois é – resmungou a Serpente Emplumada. – Até bruxas andam importando. Tem monstros demais por aí...
– São todos produzidos por homens de negócios – disse o Saci. – É moda. Vai passar...
– Espero – disse o Lobisomem. – Bons aqueles tempos em que eu reinava no país inteiro, não só no cerrado.
– A diferença é que somos autênticos – disse o Negrinho do Pastoreio. – Nós nascemos do povo.
– É verdade – disse o Boto. – Mas temos de refrescar a sua memória.
– Se pegarmos no pé de uns escritores, a coisa pode melhorar – disse a Serpente Emplumada.
– Eu conheço um – disse o Saci. – Vamos juntos atrás dele! – E foi o primeiro a se mandar, a mil por hora, em uma perna só.
Conto de João Anzanello Carrascoza
Postado por Criando e Copiando Sempre